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Projeto Luvas Brancas aproxima família maçônica e auxilia comunidade carente

Um grupo animado de cunhadas e irmãos da ARLS Liberdade, Igualdade e Fraternidade nº 159 se reuniu durante o final de semana para preparar 100 marmitas, que foram destinadas ao Instituto Anjo Azul, que é um grupo de apoio às famílias de autistas localizada na Vila Sandra, na Cidade Industrial de Curitiba, e que tem auxiliado também a comunidade carente naquele local.

A iniciativa é do projeto Luvas Brancas, que congrega as cunhadas da Oficina, mas que tem contado com a atuação direta também dos irmãos. O projeto não tem como objetivo a realização social, na verdade foi criado para promover a integração entre a família maçônica da Loja e o estudo filosófico.

Segundo Elizabeth Loures, coordenadora do Luvas Brancas, desde o início da pandemia o grupo tem realizado encontro virtuais semanalmente, onde estão tendo contato com temas filosóficos universais, também comuns à filosofia maçônica, por meio de palestras de irmãos, e demais assuntos.

“Esses encontros melhoraram bastante o nível de conversa com meu esposo”, adianta. Ela conta que o marido sempre foi muito estudioso e que eles conversavam sobre diversos temas, mas temas filosóficos sempre atraiam alguma atenção para ela, mas ficavam relegados por falta de conhecimento, mas a partir das reuniões ela tem ganhado um nível maior de argumentação para conversar com ele.

União da família maçônica

“Nós sentíamos que entre os nossos esposos existe um vínculo muito forte, mas que entre as cunhadas nós simplesmente não nos conhecíamos”, pontua a coordenadora. Ela relata que nas festas ou jantares da Loja cada uma ficava com um grupo pequeno com o qual tinha mais ligação. “Quando passamos a ter os encontros semanais criou-se uma integração muito forte na família da Loja, entre todas as cunhadas”, explica.

Ainda segundo Elizabeth, o projeto não tinha nenhum cunho assistencial, mas nesse ano com a piora do cenário econômico e, a partir do relato de uma das cunhadas, resolvemos fazer algo nesse sentido. Em seu relato, a cunhada contou, relembra a coordenadora, como foi tocada por uma cena na região central quando se deparou com o diálogo entre duas pessoas em situação de rua: uma delas estava comendo uma marmita que havia recebido e outra, com fome, se aproximou, pediu auxílio e eles dividiram o pouco alimento que havia.

Ação da família

“Assim, começamos a nos organizar para fazermos as marmitas”, lembra Elizabeth. A produção desde final de semana é a terceira a ser doada e o volume de alimento tem crescido. Ela conta que da primeira vez foram feitas 50 marmitas, na segunda 70 e agora estamos fazendo 50 quilos de alimentos, o que corresponderá há 100 marmitas. O espaço que estão utilizando para a produção foi cedido, a Loja adquiriu um fogão industrial para auxiliar e os mantimentos são custeados pelas próprias cunhadas que reúnem os recursos para a ação. “Nossa estimativa é a de que possamos doar as marmitas duas vezes por mês, pelo menos. Não fazemos mais por conta de estrutura”, conta a coordenadora.

Elizabeth ressalta que a parceria com o Instituto Anjo Azul é muito importante, pois eles têm a expertise para atender a comunidade, sendo extremamente organizados para fazer com que as doações cheguem realmente a quem precisa. “Eles recebem diversos tipos de doação, além de nós, eles recebem mantimentos não perecíveis, frutas e verduras, entre outros itens. Eles organizam e fazem a distribuição por prioridade para aqueles que mais necessitam”, reforça. “Claro que sempre que vamos lá nos deparamos com histórias que nos emocionam e

nossa ação: na última vez ouvimos histórias de pessoas que não tinham o que comer se não fosse a marmita, até mesmo um casal de idosos que chegou andando rapidamente, e que conseguiram as últimas marmitas, que relataram não ter comido há mais de um dia.”

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