A Grande Loja do Paraná (GLP), por meio da Comissão de Aperfeiçoamento Maçônico, lançou um programa instrucional para apoiar a transmissão dos conhecimentos na Ordem. O programa foi entregue aos Veneráveis Mestres e aos Vigilantes das Lojas jurisdicionadas e pode ser utilizado por eles, na aplicação de seus planejamentos pedagógicos.
“Esse programa visa contribuir na instrução de aprendizes, companheiros e mestres, sugerindo vários temas a serem discutidos durante o processo de aprendizagem formado pelas instruções”, explica o Sereníssimo Grão Mestre, Marco Antônio Corrêa de Sá.
O aprendizado na maçonaria se dá por meio de uma relação dinâmica entre mestre, aprendiz e vice-versa, pois a maçonaria se trata de uma escola filosófica de passagem, que tem seus conhecimentos condensados em rituais, na simbologia e em alegorias.
“Estimulamos o compromisso com o conhecimento, pois a compreensão faz com que esse conhecimento se torne sabedoria. Batemos a porta do Templo, pedindo por luz e o que seria essa luz se não a sabedoria!? O resultado desse trabalho é que cada irmão percorre essa escola durante a vida e vai se melhorando e se modificando com o tempo”, pondera o irmão Reginaldo Bueno, presidente da Comissão de Aperfeiçoamento Maçônico.
O programa
Segundo Bueno, o programa auxilia que o saber seja levado ao Templo, distribuído entre os irmãos e filtrado pelo saber de cada um, sendo devolvido para todos de forma enriquecida pelas experiências dos integrantes de cada Loja. “Todos são agentes da construção desse saber, então todos estarão mais motivados em pagar o preço de estar na maçonaria, preço que se traduz em tempo, dedicação, estudos e no posicionamento de vida, que segue as virtudes, a moral, os regramentos e a atuação como um líder voluntário”, destaca.
O papel da vivência
Ainda de acordo com Bueno, ensinar alguém a escrever, por exemplo, não significa que todos terão a mesma habilidade para escrever algo como Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, ou ainda como os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo. Para ele, o sucesso no aprendizado vai depender da vivência e do empenho. “É preciso adquirir experiências, ter sentido os cheiros e os gostos, ter convivido com pessoas e lugares. Então, nosso trabalho na Comissão é justamente auxiliar a que nossos mestres propiciem vivência e que a transmissão de conhecimentos não se traduza apenas em uma técnica de leitura das instruções”, pondera.
Ainda segundo Bueno, o papel da Comissão foi o de tentar reproduzir as melhores condições de aprendizagem em uma loja, a partir da experiência dos integrantes que são os irmãos: Nilson Toledo, João Coviello, José Fernando Eberhardt, Charles Evaldo Boller, Francisco Pucci e Pedro Compasso.