Como surgiu a Maçonaria? Como os maçons antigos absorveram, concentraram e cultivaram o conhecimento dos Essênios, Hindus, Gregos, Egípcios, Judeus e de outros povos? Como ocorreu a organização da Maçonaria Moderna, na Europa, e como ela chegou nas Américas? Como e quando a Maçonaria chegou ao Brasil e como surgiram as Grandes Lojas no Brasil e como nasceu a Grande loja do Paraná?
Estas e outras perguntas foram debatidas e esclarecidas durante magnífica palestra proferida pelo irmão Ir∴ Carlos Roberto Ferreira Munhoz Costa, Assessor Especial da G∴L∴P∴ e obreiro da A∴R∴L∴S Fraternidade Paranaense nº 5, na sessão conjunta das lojas Acácia de Campo Largo e Cícero Marques, na segunda-feira (15), em Campo Largo. Sob a presidência dos Veneráveis Mestres, João Leocádio, da Acácia de Campo Largo nº 90 e Percy Rodmann, da Major Cicero Marques nº 64 do Oriente de Curitiba.
Grande Loja do Paraná
Uma linha do tempo foi traçada pelo irmão Munhoz, prendendo a tenção de todos com sua narrativa que relembrou desde o conhecimento ancestral dos povos antigos, passando pela técnica dos grandes construtores de catedrais da Idade Média, até à organização da Maçonaria Moderna, em 1717, na Inglaterra.
Mas não parou por aí, uma verdadeira aula de História da Maçonaria e da sua importância na construção da nossa sociedade foi marcante na palestra do irmão Munhoz. Ele detalhou o surgimento da Maçonaria nos Estados Unidos e um fato curioso do nascimento da Maçonaria no Brasil, trazida por maçons a bordo de um navio francês por volta de 1797, quando foi fundada a loja Cavaleiros da Luz, em Salvador – Bahia e, em seguida as lojas Reunião (1802) e a loja Comércio e Artes (em 1815) e, depois a União e Tranquilidade, e a Esperança, de Niterói, resultantes da divisão da primeira, quando surgiu o que é hoje o Grande Oriente do Brasil.
Munhoz lembrou, dentre outros, nomes como José Bonifácio de Andrada e Silva (cientista naturalista e político) e Joaquim Gonçalves Ledo (jornalista e político), adversários políticos que tiveram papéis preponderantes na História e na Independência do Brasil e na Maçonaria. E chegou ao dia 3 de agosto de 1927, quando o Ir∴ Mário Marinho de Carvalho Behring, soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para os Estados Unidos do Brasil, através do Decreto número 07, fundou as Grandes Lojas Brasileiras, sendo as primeiras no Amazonas, Pará, Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.
Munhoz destacou que em dezembro de 1940, o Ir∴ Fulton Lee Swain foi empossado como Delegado do Grão Mestre do Rio de Janeiro, com poderes sobre a jurisdição de Curitiba e Paraná, e aqui fundou, em dois de janeiro de 1941, em Curitiba, as lojas Regeneração, Emancipação e a Libertação, as quais receberam os números 26, 27 e 28, respectivamente, subordinadas à Grande Loja do Rio de Janeiro. No dia 15 de janeiro de 1941, as três lojas encaminharam uma prancha para a Grande Loja do Rio de Janeiro, com pedido de desligamento daquela potência para fundarem a Grande Loja Maçônica do Estado do Paraná. No dia 18 de janeiro do mesmo ano, a GLRJ deu parecer favorável ao pedido e a Grande Loja Maçônica do Estado do Paraná foi oficialmente fundada em 25 de janeiro de 1941, sendo emitida sua Carta Constitutiva pela GLRJ no dia 1º de março de 1941. As lojas Regeneração, Emancipação e Libertação receberam os números 1, 2 e 3, respectivamente e, em 12 de junho de 1945, fundou-se a loja Sol do Oriente, que recebeu o número 4.
Em 1946 a Grande Loja do Paraná recebeu as lojas Fraternidade Paranaense, que recebeu o número 5 e a Dario Vellozo, que recebeu o número 6, ambas de Curitiba, oriundas do Grande Oriente Independe, que existia na época. No interior, no Or∴ de Cornélio Procópio, também oriunda do Grande Oriente Independente, a loja Cavaleiros de Malta, recebeu o número 7. E nos trouxe, o palestrante, até os dias atuais, quando a Grande Lojas do Paraná é uma potência maçônica reconhecida no Brasil e no mundo, com 81 anos de história, 180 lojas e 5554 obreiros.
Presenças
O memorável encontro contou presença de 42 irmãos, dentre os quais o Delegado do Sereníssimo Grão Mestre (Marco Antônio Correa de Sá) para o 27º Distrito, irmão Reginaldo Cezar Bueno, o Ir∴Luis Augusto da Silva Cabral, Gr∴ Sec∴ Adj∴ de Comunicação Institucional da G∴L∴P∴ e obreiro da A∴R∴L∴S Acácia de Campo Largo nº 90; o Ir∴ Ivo Cezario Gobbato de Carvalho, Membro da Gr∴ Comissão de Legislação e Justiça da G∴L∴P∴ e obreiro da A∴R∴L∴S Acácia de Campo Largo nº 90; o Irmão José Aderlei de Souza, Gr∴ Sec∴ de Finanças Adjunto da G∴L∴P∴ e obreiro da A∴R∴L∴S∴ Major Cícero Marques nº 64 do Oriente de Curitiba; o Ir∴ Robival Bernardo Neto, M∴I∴, Venerável Mestre da Loja A∴R∴L∴S∴ Tabernáculo da Arte Real nº 100 do Oriente de Curitiba; Ir∴ José Henrique Ostapiuk, M∴I∴, Venerável Mestre da Loja A∴R∴L∴S∴ Cavaleiros de São João nº 156 do Oriente de Curitiba; o Ir∴ Fernando José de Oliveira, M∴I∴, e obreiro da A∴R∴L∴S José Nogueira Bernardes nº 156, ex-obreiro da Acácia de Campo Largo nº 90 e o Ir∴ Giovani Marcos Negrissoli, M∴M∴.; obreiro da A∴R∴L∴S∴ Verdadeira Luz nº 117 do Oriente do Curitiba.
Presentes no total, irmãos, das lojas Acácia de Campo Largo nº 90, Major Cícero Marques nº 64, Tabernáculo da Arte Real nº 100, Cavaleiros de São João nº 156 (Rito de Emulação), José Nogueira Bernardes nº 156, Verdadeira Luz nº 117 e da A∴R∴L∴S∴ Concórdia 0368, do GOB;
Agradecimentos.
Fim da palestra, o irmão Munhoz recebeu os merecidos elogios e agradecimentos, dos veneráveis mestres de ambas as oficinas e dos irmãos presentes, com destaque para o delegado do Grão Mestre, irmão Reginaldo Cezar Bueno, e um mimo da Acácia de Campo Largo, o mesmo acontecendo com o irmão Reginaldo Cezar Bueno.
Após a sessão, a loja anfitriã recebeu a todos com um delicioso ágape fraternal, preparado pelo irmão André Bonacina e sua equipe de trabalho, que contribuiu em muito para um brilhante fechamento desse memorável encontro.